Há algum tempo atrás eu
venho pensando em escrever a minha experiência desde o diagnóstico do
Parkinson, mas esbarrava no pensamento de, ao iniciar com a minha história, tornaria este blog muito pessoal.
Eu tenho um objetivo (isso sim!) de no futuro, reunir essas crônicas e
transformar em um livro. Livro este que desde já adianto, será revertido para a
ASP/PE.
Essa oportunidade surgiu agora, quase que por acaso, quando
estava em casa (o chamado “home Office”) e Maria José (minha esposa) ligou da
ASP/PE, onde é voluntária, dizendo que dona Teresinha Veloso (Presidente da
Associação) queria que eu fosse participar de uma entrevista para o Jornal do
Commercio sobre Parkinson. Respondi que ia pensar, pois naquele momento estava
organizando um material pra Consultoria.
Às 15:00 horas me liga a
própria dona Teresinha Veloso, perguntando se eu já estava a caminho para a entrevista minha e de
outros colegas associados que começaria às 15:30 hs. Pensei um minuto e
respondi que sim.
Sai de casa aos trancos e barrancos pra não me
atrasar tanto e quando cheguei na ASP/PE, mais esbaforido do que um maratonista
e tremendo mais do que corda de guitarra de roqueiro, disse boa tarde e em tom
de brincadeira exclamei: Vocês querem acabar com um Parkinsoniano, pedindo que
ele venha rápido É???
Todos os presentes
acharam graça do trocadilho. Como já tinha algumas pessoas sendo entrevistadas,
fiquei aguardando a minha vez e aproveitei pra pedir a Mendonça (o único
funcionário da Associação), para imprimir a página do meu blog.
Quando chegou a minha
vez, mostrei pra entrevistadora a página citada. Pra minha grata surpresa a
Sra. Mariana Dantas (Jornalista) disse que estava procurando entrar em contato
com o autor daquele blog. Respondi ainda meio tímido: - Acabou de encontrar!
Ela perguntou-me se havia
lido o e-mail que tinha me enviado naquele dia.. Respondi: Como? Se quando eu estava acessando
a internet, vocês me chamaram.
E tendo dito isso,
começamos a entrevista:
Parkinson não é
sentença de morte, diz paciente que aprendeu a lidar com a doença
Mariana
Dantas Do
NE10
Especialista em gestão empresarial,
Gilberto de Oliveira Santos, 52 anos, estava no auge da carreira quando recebeu
o diagnóstico que mudou radicalmente a sua vida. Gilberto começou a sentir os
primeiros sintomas, pequenos tremores nas mãos, aos 44 anos de idade e decidiu
procurar um médico. Passou por cinco neurologistas até descobrir, quase um ano
depois, que tinha Parkinson. A doença evoluiu rápido e, nesse mesmo período em
que procurou ajuda, os tremores aumentaram, atingindo os músculos da face e
laringe, resultando na perda da fala.
» Doença de Parkinson tem avanços, mas enfermidade ainda é pouco conhecida
A idade de Gilberto pode ter contribuído com a demora no diagnóstico. Considerada uma doença degenerativa, incurável, crônica e progressiva, o Parkinson é mais frequente em pessoas idosas. Geralmente, os sintomas surgem depois dos 65 anos de idade, mas cerca de 15% dos doentes desenvolvem o Parkinson antes dos 50 anos.
A doença provoca a perda de neurônios do sistema nervoso central em uma região conhecida como substância negra, resultando a diminuição do neurotransmissor dopamina, responsável pelo controle dos movimentos.
Tremor, rigidez muscular e distúrbios do equilíbrio são alguns dos sintomas, que podem ser retardados através de tratamento medicamentoso. É por isso que nesta sexta-feira (11), quando se comemora o Dia Mundial do Parkinson, médicos e associações de pacientes alertam sobre a importância de desmistificar a doença e mostrar que, através de tratamento, é possível melhorar a qualidade de vida.
» Doença de Parkinson tem avanços, mas enfermidade ainda é pouco conhecida
A idade de Gilberto pode ter contribuído com a demora no diagnóstico. Considerada uma doença degenerativa, incurável, crônica e progressiva, o Parkinson é mais frequente em pessoas idosas. Geralmente, os sintomas surgem depois dos 65 anos de idade, mas cerca de 15% dos doentes desenvolvem o Parkinson antes dos 50 anos.
A doença provoca a perda de neurônios do sistema nervoso central em uma região conhecida como substância negra, resultando a diminuição do neurotransmissor dopamina, responsável pelo controle dos movimentos.
Tremor, rigidez muscular e distúrbios do equilíbrio são alguns dos sintomas, que podem ser retardados através de tratamento medicamentoso. É por isso que nesta sexta-feira (11), quando se comemora o Dia Mundial do Parkinson, médicos e associações de pacientes alertam sobre a importância de desmistificar a doença e mostrar que, através de tratamento, é possível melhorar a qualidade de vida.
Para Gilberto, o
momento mais difícil foi no dia que recebeu o diagnóstico."Nunca
perguntei: Deus, Por que comigo? Mas questionava por que tão cedo? Eu realmente
não entendia. Estava me realizando profissionalmente, era convidado para
ministrar palestras, também acompanhava o crescimento dos meus dois
filhos", afirma, ao lembrar o que passou pela sua cabeça quando saiu do
consultório médico.
Mas o sentimento de insegurança e tristeza duraram pouco. "Posso deixar de falar e de escrever, mas nunca vou deixar de sonhar. Carrego comigo esse lema desde a primeira semana de tratamento". E foi assim que, depois de começar a tomar as medicações, passar por várias sessões de fisioterapia e fonoaudiologia, Gilberto voltou a falar. Embora possua limitações de movimento, hoje ele tem uma vida ativa, presta serviços de consultoria e ainda escreve para o seu blog "A Turma do Treme Treme". "Procuro mostrar que o Parkinson não é uma sentença de morte. Perdi um amigo da minha idade porque ele se entregou para a doença. Ele poderia estar vivo e feliz".
A presidente da Associação de Parkinson de Pernambuco (ASP-PE), Terezinha Veloso, afirma que muitos pacientes têm dificuldade de assumir a doença. "É fundamental aceitar o tratamento, até porque além dos medicamentos, é necessário passar por sessões de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional", disse. Segundo ela, Pernambuco não possui nenhum levantamento sobre o número de pacientes no Estado. "O que posso afirmar é que a doença atinge 1% da população com mais de 65 anos", disse. No País, segundo a Associação Brasil Parkinson, estima-se que 300 mil pessoas tenham a doença. [fim da entrevista]
Mas o sentimento de insegurança e tristeza duraram pouco. "Posso deixar de falar e de escrever, mas nunca vou deixar de sonhar. Carrego comigo esse lema desde a primeira semana de tratamento". E foi assim que, depois de começar a tomar as medicações, passar por várias sessões de fisioterapia e fonoaudiologia, Gilberto voltou a falar. Embora possua limitações de movimento, hoje ele tem uma vida ativa, presta serviços de consultoria e ainda escreve para o seu blog "A Turma do Treme Treme". "Procuro mostrar que o Parkinson não é uma sentença de morte. Perdi um amigo da minha idade porque ele se entregou para a doença. Ele poderia estar vivo e feliz".
A presidente da Associação de Parkinson de Pernambuco (ASP-PE), Terezinha Veloso, afirma que muitos pacientes têm dificuldade de assumir a doença. "É fundamental aceitar o tratamento, até porque além dos medicamentos, é necessário passar por sessões de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional", disse. Segundo ela, Pernambuco não possui nenhum levantamento sobre o número de pacientes no Estado. "O que posso afirmar é que a doença atinge 1% da população com mais de 65 anos", disse. No País, segundo a Associação Brasil Parkinson, estima-se que 300 mil pessoas tenham a doença. [fim da entrevista]
O título dessa crônica: EU,
EU MESMO & MARIA,faz referência
ao título do filme: EU, EU MESMO & IRENE, interpretado pelo ator JIM CARREY.
E, longe de ser uma auto biografia, considero mais uma homenagem às Marias
presentes ao longo da minha vida.
Começando por MARIA JOSÉ - Esposa
e companheira de caminhada há 35 anos, pessoa que faz jus àquela frase tão
usada nas celebrações dos matrimônios: “Na alegria e na tristeza, Na saúde e na
doença”.
Passando por:
CONCEIÇÃO SILVEIRA – Fonoaudióloga;
TERESINHA VELOSO – Presidente da ASP/PE;
ANA PAULA – Psicóloga
MARIANA DANTAS – Jornalista e
MAYRA RODRIGUES - Estudante de Jornalismo, que analisaram as
minhas crônicas como:: “sérias,
mas com um toque de humor”;
ALICE ROSENDO – Neta,
que só pela existência já faz um Up grade na minha vida;
IRMÃS, SOBRINHAS , NORAS E COLEGAS,
que nesses 52 anos de estrada, caminharam juntas comigo;
E terminando pela grande
Maria: JUDITE OLIVEIRA – Mãe, que me
proporcionou essa existência, e na sua luta contra o AVC, é um exemplo de amor à vida.
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