sábado, 2 de novembro de 2013

DE MÉDICO E LOUCO, TODO MUNDO TEM UM POUCO!

Em pleno dia 02 de novembro (dia  de finados), recebo a informação (via facebook) que um parente nosso havia falecido... A questão é que isso aconteceu uma semana atrás!? Isso me leva a pensar se a minha família (esposa, filhos, irmãs, etc.) não estariam me poupando demais de notícias desagradáveis e, antes que respondam afirmativamente, gostaria de lembrar que apesar das boas intenções, sou eu que devo decidir até que ponto tais notícias vão me afetar.

Trazendo esse fato recente e comparando às centenas, milhares de pessoas que, iguais a mim, tem a patologia da famosa DP (todos já conhecem, mas só pra lembrar: Doença de Parkinson), realmente qualquer notícia, seja boa ou ruim, nos leva a ficar de certa forma "descompensados" (eu diria mesmo DescomPassados). Acontece que cabe ao Parkinsoniano a busca pelo equilíbrio, seja através de uma terapia psicológica ou mesmo via auto conhecimento, só que muitos de nós acredita ser este o caminho mais certo ou menos espinhoso, já que não precisa dividir seus medos, suas façanhas, enfim sua vida com outra pessoa, apesar da pessoa em questão ser profissional. É como disse anteriormente, muitos não procuram o psicólogo(a)/psiquiatra por receio de ser exposto em seu próprio meio social, ou pra não passar recibo de louco.

No convívio com pessoas que considero irmãos (infelizmente com o mesmo quadro clínico), muitas vezes me flagro dando conselhos aos que me procuram se dizendo infelizes, com desejos de querer dar termo à própria vida e acabar com o sofrimento. A todos eu respondo com aquilo em que realmente acredito: A ETERNIDADE DA ALMA. Traduzindo pra esse espaço, independente  da religião do indivíduo  ser espírita, católica, evangélica, budista ou até mesmo nenhuma, há de se crer que nós não somos um mero  conjunto de células formando um corpo, que pensa, raciocina e tem sentimentos por simples impulsos eletro-químicos. Voltando ao assunto em questão, explico que a pessoa pode dar fim ao corpo, mas a alma permanece sofrendo as iniquidades a ela impostas.

Ao tomar essa atitude, muitas vezes me questiono se devo agir como um médico ou simplesmente como alguém que já viveu situações semelhantes. Como médico quando considero que muito desse "pensamento suicida" está descrito como "reações adversas" na bula dos nossos remédios. Como pessoa, já estive naquele lugar e considero normal ter pensamentos negativos, o que sai da normalidade é deixar que esses pensamentos nos dominem.

Pra concluir, certa vez eu li uma frase que cabe, tanto pra receber notícias desagradáveis quanto para pensar coisas desagradáveis: "NO TEATRO DA SUA VIDA, SEJA VOCÊ O ATOR E NÃO A PLATÉIA!". E repetindo um dito popular que a minha irmã sempre diz: "DE MÉDICO E LOUCO, TODO MUNDO TEM UM POUCO!".

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